A crise financeira mundial já atingiu até Nina Hartley, profissional respeitada e valorizada, que começou a carreira em 1984.
Nina é um dos ícones da indústria pornográfica de cinema, e um símbolo dos tempos difíceis. Em entrevista à The Economist, Nina disse que no ano passado chegava a fazer uma cena por semana, ao passo que em 2009 faz uma por mês.
A indústria de cinema adulto dos EUA está concentrada no extremo norte de Los Angeles, no local conhecido como San Fernando Valley. Grande parte da indústria consiste de pequenas produtoras independentes que não divulgam dados financeiros, mas Mark Kernes, editor de revista especializada, estima que os lucros da indústria tenham chegado a U$ 6 bilhões em 2007, antes da crise. Essa soma vem principalmente da venda e aluguel de DVDs e assinatura de sites.
Diane Duke, diretora da Coalizão para a Liberdade de Expressão, acredita que os lucros caíram de 30 a 50%.
Além da quantidade de cenas, a remuneração também brochou. Uma atriz jovem, sem a fama de Nina Hartley cobrava U$ 1.000 antes da crise; agora fica feliz se recebe U$ 800. Já a experiente Nina, de 50 anos, continua cobrando U$1.200 .
Os homens sofrem ainda mais - hoje em dia se eles conseguem U$ 300 por uma cena já saem satisfeitos.
Para cada ator em cena, existe uma equipe de apoio, como técnicos de áudio, buffet e (pasmem) figurinistas; todos sofrem com a maré baixa.
Para piorar os efeitos da crise, um outro pesadelo assombra a indústria: a pirataria. Pelo menos por enquanto, a situação é preocupante.
(Com material de The Economist)
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