sábado, 30 de janeiro de 2010

A volta de Shyamalan


M. Night Shyamalan é um dos cineastas mais interessantes e competentes da nova geração, mas precisa apagar a má impressão deixada pelo seu último filme, o fraquíssimo Fim dos Tempos (com Mark Wahlberg).

Depois dos ótimos O Sexto Sentido, Corpo Fechado, Sinais, A Vila e A Dama na Água, o roteirista, produtor e diretor está planejando uma volta triunfal.

Seu primeiro projeto a desembarcar nas telonas será The Last Airbender (O Último Mestre do Ar), curiosamente o primeiro cuja história não é originalmente sua (mas é dele o roteiro). O filme é uma adaptação de um cartoon americano, e chega nesse ano.

Além disso, Shyamalan já está filmando Devil, previsto para ser lançado em2011. De acordo com o que foi divulgado o filme trata de um grupo de pessoas que ficam presas em um elevador e percebem que estão na presença do demônio.

E mais duas produções já estão engatilhadas para Shyamalan: Bollywood Blues e o aguardado Corpo Fechado 2, continuação do seu ótimo thriller com Bruce Willis e Samuel L. Jackson

Como curiosidade, vale lembrar que o indiano é o roteirista do simpático Stuart Little, com Michael J. Fox e Hugh Laurie.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Um musical intimista e imperdível




Muitas pessoas erroneamente associam musicais àqueles filmes com cenários exuberantes, centenas de dançarinos, coreografias perfeitas e figurinos impecáveis. Essa é a imagem que Hollywood passou ao longo dos anos, com suas produções milionárias.
Na essência, os musicais são filmes nos quais a música é a principal força que guia a ação.

Com Apenas Um Vez (Once, Irlanda, 2007) o roteirista e diretor John Carney construiu o musical mais delicado e sensível da década. O filme é uma fábula urbana, e conta a história de dois personagens que nem recebem nome. O garoto (o cantor Glen Hansard) é um reparador de aspiradores de pó que canta no centro de Dublin nas horas vagas para ajudar o pai; a garota (a também cantora Marketa Irglova) é uma vendedora de flores que se mudou da República Tcheca para a Irlanda na busca por uma vida melhor.

Os dois se conhecem por acaso, e ao longo de todo o filme a música deles nos guia por uma história simples, direta e tocante. É um romance arrebatador, que atrai pela delicadeza e sensibilidade. A música surge dos diálogos com uma naturalidade poucas vezes atingida nos musicais.

Apenas Uma Vez é uma verdadeira lição para os executivos de Hollywood que acham que os musicais dependem de estrelas da música pop e milhões de dólares, como Dreamgirls e Chicago. O filme irlândes foi feito em 17 dias com uma verba de 130 mil Euros da comissão de cinema da Irlanda. O diretor John Carney pagou os salários dos protagonistas (seus amigos do mundo musical de Dublin) do próprio bolso; usou duas câmeras portateis de video e gravou sem autorização nas ruas de Dublin. As cenas internas foram gravadas nas casas dos atores e do diretor. A própria verba para o fime só foi liberada depois de um verdadeiro imbróglio – o executivo chefe da comissão de cinema vinha por anos negando o dinheiro para o filme, e foi só quando ele se afastou e a comissão ficou sem chefe por um curto período que um gerente liberou o financiamento. O lançamento, em 2008, foi em poucas salas e em muitos países o filme foi direto para as locadoras.

Steven Spielberg foi citado pela imprensa quando assistiu ao filme em um festival : ‘’ um pequeno filme chamado Apenas Uma Vez me deu inspiração suficiente para o resto do ano’’. O diretor John Carney ficou impressionado com o comentário e brincou: ‘’ bom, no final das contas ele é apenas um cara de barba’’.
Glen e Marketa, ambos músicos, escreveram e cantaram todas as músicas, que surpreendem pelo romantismo e beleza. Não à toa, ganharam o Oscar de 2008 por melhor canção original com Falling Slowly. Um sinal de que se Hollywood continua produzindo mais do mesmo pelo menos está atento ao que acontece de original no resto do mundo.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O toque de Cameron



Foram necessários apenas 39 dias em cartaz para o canadense James Cameron, com Avatar, superar a marca de seu Titanic e alcançar a maior bilheteria da história do cinema. Certamente ele não esperava tamanho sucesso quando, nos anos 70, formado em Física pela Universidade Estadual da Caifórnia dirigia caminhões para sobreviver.

Avatar alcançou os ganhos de U$ 1.858.866.889,00 contra U$ 1.843.201.268,00 de Titanic.

A obra de Cameron continua em cartaz em 122 países e mais de 16 mil salas. Dos ganhos de bilheteria, 72% (ou U$ 1.35 bilhões) vêm das exibições em 3-D ''Nós estamos profundamente gratos por milhões de pessoas terem abraçado Avatar '', disse a Fox em comunicado à imprensa. '' O sucesso do filme é resultado dos esforços de milhares de pessoas que, ao longo de vários anos, trabalharam para dar vida à visão de Pandora de James Cameron. Os temas ambientais, de respeito à vida e anseio por um planeta pacífico uniram os espectadores de todo o mundo. Estamos muito orgulhosos e gratos a James Cameron, sua incrível e dedicada equipe e as muitas pessoas da Fox que trabalharam duro por muito tempo para atingir esse marco. '' As palavras eufóricas da Fox e os números de biheteria, no entanto, devem ser analisados com cuidado. Não é por acaso que 72% da bilheteria de Avatar vem das exibições em salas 3-D. O visual, definitivamente, é o grande atrativo do filme.
O roteiro traz um militar que é enviado para Pandora e fica em dúvida entre obedecer as ordens que recebeu ou proteger a vida no planeta. Não há muito mais o que contar sobre a história, porque o resto é puro cliché e repetição de histórias anteriores.

A excelência técnica é absolutamente inquestionável e renderá todos os Oscar da área para Avatar; resta saber se como Titanic a história de Pandora ganhará também as estatuetas de melhor filme e direção. Será que teremos mais um '' Eu sou o rei do mundo'' no discurso de agradecimento ?

Há 13 anos uma trágica história de amor arrebatou multidões para os cinemas, hoje é uma metáfora à destruição da Terra que chama nossa atenção. Sinal dos tempos.
James Cameron está muito atento a esses sinais, e não duvide se daqui a alguns anos ele se superar com mais um campeão de bilheteria tratando do tema do momento...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Jason, o Bárbaro


De acordo com Deadline Hollywood, a Lionsgate Films escolheu Jason Momoa (série Stargate Atlantis) como o novo Conan.


O filme, provisoriamente chamado de Conan, O Bárbaro, será dirigido pelo alemão Marcus Nispel, oriundo do mundo do videoclipe e bem sucedido nas refilmagens de O Massacre da Serra Elétrica e Sexta-Feira 13.


Mickey Rourke é o favorito para o papel de Corin, o pai de Conan.


As filmagens estão agendadas para começar em 15 de março, na Bulgária.

Sam Worthington quer o seu pescoço


A impresa americana já confirma Sam Worthington (Avatar) como o principal candidato a intérprete do vampiro Drácula em Dracula Year Zero, dos estúdios Universal.


O filme será dirigido por Alex Proyas (Eu,Robô), e conta a história do nobre romano Vlad, o Empalador e como ele se tornou o lendário Dracula, que inspirou a história de Bram Stoker .


Matt Sazama e Burk Sharpless escreveram o roteiro.


Ainda não há previsão de lançamento.